Wednesday, November 15, 2006

Receptor Ativo ou Passivo?

Postei a minha opinião, no Proa 12, sobre a idéia que sempre tivemos que quem assiste a um meio de comunicação, como a televisão, seria um receptor passivo se não houvesse interação com esse meio, ou seja, se não houvesse uma crítica, uma discussão sobre as imagens e sons oferecidos por ele. O texto indicado para análise destacou um papel do receptor, até então novidade para mim, como sendo ele sempre um receptor ativo, pelo simples fato dele se envolver fisicamente com o que vê, lê ou ouve. Sugere-nos a idéia de que sempre seremos receptores ativos se os nossos órgãos dos sentidos, como a visão e audição, estiverem em atividade, contrariando a noção que tínhamos de receptor passivo. O que não ficou bem claro pra mim é que esse receptor ativo, só é assim considerado, porque no momento que assiste, agindo fisicamente, ele já está fazendo uma análise das imagens ou sons, embora nem mesmo perceba isso. Daí o “envolvimento” necessário para caracterizá-lo receptor ativo. Ou se isso não seria necessário para denominá-lo como receptor ativo. Acho fundamental a escola promover espaços de debate sobre as mídias, até porque, como já foi afirmado anteriormente, esses meios fazem parte do nosso dia a dia, e na família, onde deveria iniciar essa discussão, muitas vezes os pais não têm o discernimento necessário para isso, transferindo para a escola esse papel.

2 comments:

Aline_Kunst said...

Olá Simone!
O pior que muitos pais além da falta de discernimento tem uma falta de vontade impressionate...

Bom final de semana!
Beijos
Aline

Suzana said...

Oi, Simone! A idéia de conforontar os espectadores passivos e ativos está conforme te questionaste... quisemos destacar, com o texto, a "passividade" da própria palavra "passivo", pois não estamos nos referindo apenas à capacidade de criticidade - que não acontece se não há um bom trabalho de investigação e pesquisa em mídia. Estamos nos referindo ao próprio envolvimento da criança/aluno/telespectador ao selecionar o programa que vai assistir, à revista em quadrinhos que vai ler, ao sintonizar o dial do rádio... há um certo envolvimento aí, não podemos negar e acho que é por aí que poderemos "capturar" o nosso aluno e entender um pouco mais de seu lado "ativo" - que muitas vezes não aparece em aula!
Um abraço
Suzana